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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Evangelho Segundo o Epiritismo - Capítulo 5


Capítulo 5 - Bem Aventurados os Aflitos

PERDA DAS PESSOAS AMADAS.


MORTES PREMATURAS



Sansão, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris - Paris, 1863


21 Quando a morte se faz presente nas vossas famílias, levando


sem critério os jovens antes dos velhos, dizeis muitas vezes: "Deus


não é justo, já que sacrifica aquele que é forte, e com um futuro pela


frente, para conservar aqueles que já viveram longos anos cheios de


decepções; leva aqueles que são úteis e deixa aqueles que não servem


mais para nada; parte o coração de uma mãe, privando-a da


inocente criatura que fazia toda a sua alegria".


Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidade de vos elevar


acima do plano terreno da vida, para compreender que o bem


está muitas vezes onde se acredita ver o mal, a sábia previdência,


onde se acredita ver a cega fatalidade do destino! Por que medir a


justiça divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos


mundos queira, por um simples capricho, vos impor penas cruéis?


Nada se faz sem um objetivo inteligente e tudo o que acontece tem


sua razão de ser. Se meditásseis melhor o porquê das dores que vos


atingem, encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e


vossos míseros interesses seriam uma consideração secundária que


desprezaríeis ao último plano.


Acreditai em mim, a morte é preferível, mesmo numa encarnação


de vinte anos, a essas desordens vergonhosas que desolam famílias honradas,


cortam o coração de uma mãe e fazem branquear os cabelos dos


pais, antes do tempo. A morte prematura é muitas vezes um grande


benefício que Deus dá àquele que se vai, e que se encontra assim poupado


das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à


sua perdição. Aquele que morre na flor da idade não é vítima da fatalidade;


é que Deus julga que não lhe é útil passar maior tempo na Terra.


É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças


seja cortada tão cedo! De quais esperanças quereis falar? Das


da Terra, onde aquele que se foi teria brilhado, trilhado seu caminho e


feito fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue se elevar


acima da matéria! Acaso sabeis qual teria sido o destino dessa vida


tão cheia de esperanças, segundo pensais? Quem vos garante que


ela não poderia ter sido cheia de amarguras? Acaso considerais nulas


as esperanças da vida futura, preferindo as da vida passageira que


arrastais na Terra? Pensais, então, que vale mais ter uma posição


entre os homens do que entre os Espíritos bem-aventurados?


Alegrai-vos ao invés de vos lamentar quando Deus quiser retirar


um de seus filhos desse vale de misérias. Não há egoísmo em


desejar que ele permanecesse aí, para sofrer convosco? Essa dor


compreende-se entre aqueles que não têm fé e que vêem na morte


uma separação eterna; porém vós, espíritas, sabeis que a alma vive


melhor livre de seu envoltório corporal. Mães, sabeis que vossos filhos


bem-amados estão perto de vós; sim, estão bem perto; seus


corpos fluídicos vos rodeiam, seus pensamentos vos protegem, e a


lembrança que tendes deles os enche de felicidade; assim como também


vossas dores insensatas os perturbam, pois elas denotam uma


falta de fé e são uma revolta contra a vontade de Deus.


Vós que entendeis a vida espiritual, fazei vibrar as pulsações de


vosso coração em favor desses entes bem-amados, e, se pedirdes a


Deus que os abençoe, sentireis em vós aquelas consolações poderosas


que secam as lágrimas, aquela fé consoladora que vos mostrará


o futuro prometido pelo soberano Senhor.



SE FOSSE UM HOMEM DE BEM,


TERIA MORRIDO


Fénelon - Sens, 1861



22 Dizeis, muitas vezes, referindo-vos a um homem mau que


escapa de um perigo: Se fosse um homem de bem, teria morrido. Pois


bem, ao dizer isso podeis até estar com a verdade. Muitas vezes,


Deus dá efetivamente a um Espírito, ainda jovem nos caminhos do


progresso, uma prova mais longa do que a um bom, o qual poderá


receber, como recompensa de seu mérito, o favor de uma prova tão


curta quanto possível. De qualquer forma, quando dizeis: Se fosse um


homem de bem, teria morrido, estais cometendo uma ofensa.


Se um homem de bem morre e se o vizinho da casa ao lado é um


malvado, dizeis: Seria bem melhor que este se fosse. Acontece que


estais julgando erroneamente, pois aquele que parte acabou sua tarefa,


e aquele que fica talvez nem a tenha começado. Por que gostaríeis,


então, que o mau não tivesse tempo de terminá-la e que o outro ficasse


ligado à gleba terrena? Que diríeis de um prisioneiro que, tendo


cumprido o tempo da sua pena, permanecesse na prisão e fosse dada


a liberdade a um outro que não tivesse esse direito? Sabei, pois, que


a verdadeira liberdade está na libertação dos laços corporais, e, enquanto


estiverdes na Terra, estareis em cativeiro.


Habituai-vos a não julgar aquilo que não podeis compreender e


acreditai que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes o que vos


parece um mal é um bem; mas vossas capacidades são tão limitadas


que o conjunto do grande todo escapa aos vossos rudes sentidos.


Esforçai-vos para deixar, pelo pensamento, vossa mesquinha visão,


e, à medida que vos elevardes, a importância da vida material diminuirá


aos vossos olhos e apenas vos parecerá um incidente, na duração


infinita de vossa existência espiritual, a única existência verdadeira.



OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS


Fénelon - Lyon, 1860



23 O homem está incessantemente à procura da felicidade que


lhe foge sem parar, pois a felicidade pura não existe na Terra. Entretanto,


apesar dos sofrimentos que formam o desfile inevitável desta


vida, ele poderia pelo menos desfrutar de uma felicidade relativa se


não condicionasse essa felicidade às coisas perecíveis e sujeitas às


mesmas contrariedades, ou seja, aos prazeres materiais, ao invés de


procurá-la nos prazeres da alma, que são uma antecipação dos prazeres


celestes imperecíveis. Ao invés de procurar a paz do coração,


única felicidade real aqui na Terra, é ávido por tudo aquilo que pode


agitá-lo e perturbá-lo e, coisa curiosa, parece criar propositadamente


tormentos que dependia só dele evitar.


Haverá maiores tormentos do que aqueles causados pela inveja


e pelo ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso: estão


sempre excitados pelo desejo, o que eles não têm e os outros possuem


causa-lhes insônia. O sucesso de seus rivais lhes dá vertigem; seu


único interesse é o de menosprezar os outros, toda a sua alegria está


em excitar, nos insensatos como eles, a ira do ciúme de que estão


possuídos. Pobres insensatos, de fato, nem sonham que talvez amanhã


será preciso deixar todas essas futilidades cuja cobiça envenena


suas vidas! Não é para eles que se aplicam estas palavras: Bem-aventurados


os aflitos, pois serão consolados, visto que suas preocupações


não têm recompensa no Céu.


De quantos tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe se


contentar com o que tem, que vê sem inveja aquilo que não é seu, que


não procura parecer mais do que é. Ele está sempre rico, pois, se olha


abaixo de si, ao invés de olhar acima, verá sempre pessoas que têm


menos. É calmo, pois não cria necessidades ilusórias, e não é a calma,


em si mesma, uma felicidade em meio às tempestades da vida?

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