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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lembrar Nossos Entes Queridos

"Como a Doutrina Espírita encara Finados?"

Realmente o tema desperta algumas dúvidas. Mesmo alguns companheiros espíritas perguntam se devem ou não ir aos cemitérios no dia 2 de novembro, se isto é importante ou não.
Antes de tudo, lembremos que o respeito instintivo do homem pelos desencarnados, os chamados mortos, é uma conseqüência natural da intuição que as pessoas têm da vida futura.
Não faria nenhum sentido o respeito ou as homenagens aos mortos se no fundo o homem não acreditasse que aqueles seres queridos continuassem vivendo de alguma forma. É um fato curioso que mesmo aqueles que se dizem materialistas ou ateus nutrem este respeito pelos mortos.
Embora o culto aos mortos ou antepassados seja de todos os tempos, Leon Denis nos diz que o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, antigo povo que viveu na região que hoje é a França. Os druidas, um povo que acreditava na continuação da existência depois da morte, se reuniam nos lares, não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.
A noção de imortalidade que a maioria das pessoas tem, no entanto, ainda é confusa, fazendo com que as multidões se encaminhem para os cemitérios, como se o cemitério fosse a morada eterna daqueles que pereceram.
O Espiritismo ensina o respeito aos desencarnados como um dever de fraternidade, mas mostra que as expressões de carinho não precisam ser realizadas no cemitério, nem é necessário haver um dia especial para que tais lembranças ou homenagens sejam realizadas.
Mas para os espíritos desencarnados o dia 2 de novembro têm alguma coisa mais solene, mais importante?
Eles se preparam para visitar os que vão orar sobre os túmulos?
É preciso entender que nossa comunicação com os desencarnados é realizada através do pensamento. As preces, as orações, são vibrações do pensamento que alcançam os espíritos.
Nossos entes queridos desencarnados são sensíveis ao nosso pensamento. Se existe entre eles e nós o sentimento de verdadeira afeição, se existe esse laço de sintonia, eles percebem nossos sentimentos e nossas preces, independente de ser dia de
finados ou não.
Esse é o aspecto consolador da Doutrina Espírita: a certeza de que nossos queridos desencarnados, nossos pais, filhos, parentes e amigos, continuam vivos e continuam em relação conosco através do pensamento.
Não podemos privar de sua presença física, mas o sentimento verdadeiro nos une e eles estão em relação conosco, conforme as condições espirituais em que se encontrem.
Realizaram a grande viagem de retorno à pátria espiritual antes de nós, nos precederam na jornada de retorno, mas continuam
vivos e atuantes.
Um amigo incrédulo uma vez nos falou:
"Só vou continuar vivo na lembrança das pessoas".
Não é verdade. Continuamos tão vivos após a morte quanto estamos vivos agora.
Apenas não dispomos mais deste corpo de carne,
pesado e grosseiro.
Então, os espíritos atendem sim aos chamados do pensamento daqueles que visitam os túmulos. No dia 2 de novembro, portanto, como nos informam os amigos espirituais, o movimento nos cemitérios, no plano espiritual, é muito maior, porque é muito maior o número de pessoas que evocam, pelas preces e pelos sentimentos, os desencarnados.
E se estes desencarnados pudessem se tornar visíveis, como
eles se mostrariam?
Com a forma que tinham quando estavam encarnados, para que pudessem ser reconhecidos.
Não é raro que o espírito quando desencarne sofra ou provoque alterações na sua aparência, ou seja no seu corpo espiritual.
Espíritos que estão em equilíbrio mental e emocional podem se apresentar com uma aparência mais jovem do que tinham quando estavam encarnados, enquanto outros podem inclusive adotar a aparência que tinham em outra encarnação.
Por outro lado, espíritos que estão em desequilíbrio podem ter uma aparência muito diferente da que tinham no corpo, pois o corpo espiritual mostra o verdadeiro estado interior do espírito.
E quanto aos espíritos esquecidos, cujos túmulos não são visitados? Como se sentem?
Isto depende muito do estado do espírito. Muitos já reconhecem que a visita aos túmulos não é fundamental para se sentirem amados. Outros, no entanto, comparecem aos cemitérios na esperança de encontrar alguém que ainda se lembre deles e se entristecem quando se vêem sozinhos.
A visita ao túmulo traz mais satisfação ao desencarnado do que uma prece feita em sua intenção?
Visitar o túmulo é a exteriorização da lembrança que se tem do espírito querido, é uma forma de manifestar a saudade, o respeito
e o carinho.
Desde que realizada com boa intenção, sem ser apenas um compromisso social ou protocolar, desde que não se prenda a manifestações de desespero, de cobranças, de acusações, como ocorre em muitas situações, a visitação ao túmulo não é condenável.
Apenas é desnecessária, pois a entidade espiritual não se encontra no cemitério, e pode ser lembrada e homenageada através da prece em qualquer lugar.
A prece ditada pelo coração, pelo sentimento, santifica a lembrança, e é sempre recebida com prazer e alegria pelo desencarnado.
No ambiente espiritual dos cemitérios comparecem apenas os espíritos cujos corpos foram lá enterrados?
Não. Segundo as narrativas, o ambiente espiritual dos cemitérios fica bastante tumultuado no chamado Dia de Finados.
E isto ocorre por vários motivos.
Primeiro, como já dissemos, pela própria quantidade de pessoas que visitam os túmulos.
Cada um de nós levamos nossas companhias espirituais, somos acompanhados pelos espíritos familiares.
Depois, porque muitos espíritos que estão vagando desocupados e curiosos do plano espiritual também acorrem aos cemitérios, atraídos pelo movimento da multidão, tal como ocorre entre os encarnados.
Alguns comparecem respeitosos enquanto outros se entregam à galhofa e à zombaria.
E existem espíritos que permanecem fixado no ambiente do cemitério depois de sua desencarnação?
Sim, embora esta não seja uma ocorrência comum. Além disso, devemos nos lembrar que nos cemitérios, bem como em qualquer lugar, existem equipes espirituais trabalhando para auxiliar, dentro do possível, os que estão em sofrimento.
Os espíritos dão alguma importância ao tratamento que é dado
ao seu túmulo?
As flores, os enfeites, as velas, os mausoléus, influenciam no estado espiritual do desencarnado?
Não. Somente os espíritos ainda muito ligados às manifestações materiais poderiam se importar com o estado do seu túmulo, e mesmos estes em pouco tempo percebem a inutilidade, em termos espirituais, de tais arranjos.
O carinho com que são cuidados os túmulos só tem algum sentido para os encarnados, que devem se precaver para não criarem um estranho tipo de culto.
Não devemos converter as necrópoles vazias em "salas de visita do além", como diz Richard Simonetti.
Há locais mais indicados para nos lembrarmos daqueles que partiram.
E que tipo de local seria este?
O lar! Nossos entes familiares que já desencarnaram podem ser lembrados na própria intimidade e no aconchego de nosso lar, ao invés da frieza dos cemitérios e catacumbas.
Eles sempre preferirão receber nossa mensagem de saudade e carinho envolvida nas vibrações do ambiente familiar.
Qualquer que seja a situação espiritual em que eles se encontrem, serão alcançados pelo nosso pensamento.
Por isso, devemos nos esforçar para, sempre que lembrarmos deles, que nosso pensamento seja de saudade equilibrada, de desejo de paz e bem-estar, de apoio e afeto, e nunca de desespero, de acusação, de culpa, de remorso.
Mas a tristeza é natural, não?
Sim, mas não permitamos que a saudade se converta em angústia, em depressão.
Usemos os recursos da confiança irrestrita em Deus, da certeza de Sua justiça e sua bondade.
Deus é Amor, e onde haja a expressão do amor, a presença divina
se faz.
Vamos permitir que essa presença acalme nosso coração e tranqüilize nosso pensamento, compreendendo que os afetos verdadeiros não são destruídos pela morte física, não são encerrados na sepultura.
Dois motivos portanto para não cultivarmos a tristeza:
sentimos saudades – e não estamos mortos; nossos amados não estão mortos – e sentem saudades...Se formos capazes de orar, com serenidade e confiança, envolvendo a saudade com a esperança, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo nossos corações
em alegria e paz.

Referências:O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões
320 a 329.
Quem tem medo da morte?
Richard Simonetti

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Uma Oração ao Eterno


"Uma oração ao eterno que mora nos corações"
(Uma Viagem Espiritual na Doçura de um Olhar Silencioso)

Que você encontre o amor mais lindo dentro do seu próprio coração.
Que você veja seus filhos como presentes do Eterno.
Que você ainda se encante com as coisas mais simples da vida.
Que você não se iluda com as luzes temporárias do mundo.
Que você saiba tirar sábias lições de vida dos reveses.
Que você perdoe, mesmo que ninguém entenda.
Que você veja cada dia como uma bênção de luz e recomeço...
Que nada possa afastá-lo de seus melhores propósitos.
Que você escute música e se sinta agradecido.
Que você não se esqueça de seus pais e honre-os com sua atenção.
Que você seja justo, sem jamais perder seu coração e sua canção.
Que você não se apegue ao passado; há tanta coisa para aprender...
Que você não se esqueça de quem lhe ajudou; gratidão é sabedoria.
Que você conserve seus amigos verdadeiros; eles são jóias
de sua vida.
Que você segure seus filhos no colo, como o Eterno segura as estrelas.
Que você veja seu parceiro (a) como um presente da vida.
Que você chore, se for preciso, mas que suas lágrimas sejam lindas.
Que você ria, principalmente de si mesmo; alegria é fundamental!Que você não tenha ódio em seu coração, pois isso empobrecerá
sua canção.
Que você supere suas provas, com coragem e inteligência.
Que você abra seu coração para o amor, como a flor se abre para
o sol.
Que você beije alguém amado como os raios solares beijam as flores.
Que você faça amor com luz nos olhos e gratidão pelo presente.
Que você não prenda quem quer ir embora.
Amor não é gaiola!Que você se atreva a ser você mesmo, mas sem arrogância!
Que você jamais se esqueça de que há um Poder Maior em todas as coisas.
Que você ore, em espírito e verdade, sem medo de se abrir para o Céu.
Que você converse com o Eterno, de coração a coração, sem dramas.
Que você olhe para a lua cheia, extasiado, como uma criança.
Que você sinta o cheiro do café e se sinta cada vez mais vivo.
Que você tome um chá de olhos fechados e pense em algo bom.
Que você se recicle, se areje, para não criar teias de aranha em sua vida.
Que você tenha a idade que seu espírito lhe disser, sem medo de rugas.
Que você não envelheça sem amadurecer; jamais deixe de rir de uma piada!
Que você sempre trate bem a sua criança interior; criança é vida!
Que você sempre desconfie quando a música não o encantar mais.
Que você perceba o perigo de ser tomado pela irritação descabida.
Que você não perca tempo com fofocas e nem se exaspere com tolices.
Que você saiba valorizar pessoas de energia limpa e toques legais.
Que você se atreva a andar com um sol na cara e um grande amor no peito.
Que você não se engane com as aparências; há muita gente boa
neste mundo.
Que você não olhe raça, religião, sexo ou cultura; veja o Eterno em cada ser.
Que você jamais ache que perdeu algo ou alguém; o Todo está em tudo!Que você sinta o que senti ao escrever tudo isso, em espírito
e verdade.
Que você veja luz nessas linhas; a mesma luz que está em seu coração.
Que você sinta um Grande Amor; o mesmo que me fez escrever...
Que você escute alguma canção querida e se sinta muito bem.
Que você seja feliz, mesmo que ninguém entenda.

Por: Wagner Borges

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Idéia da Reencarnação


"A idéia da Reencarnação"

É tão antiga e universal quanto a própria humanidade (ver o capítulo V de O Livro dos Espíritos), e é a base de diversas tradições filosóficas e religiosas do oriente, como o Budismo e o Hinduismo, por exemplo, e a das religiões pré-cristãs da Europa, como a dos Druidas, ou, posteriormente, baseados no cristianismo, o posicionamento de alguns pais da Igreja antes do concílio de Constantinopla, em 533, quando a doutrina da reencarnação foi abolida por motivos políticos, mas que é encontrada em figuras excepcionais da igreja, como em Orígenes de Alexandria,
só para citar um exemplo.
Ainda houve a presença de alguns movimentos fortemente contestatórios da ação da Igreja de Roma, como a dos Cátaros, embora os conhecimentos antropológicos, históricos e sociológicos de seu tempo não permitissem a Kardec ir muito além na análise destas tradições, filosofias e ocorrências históricas.
Além do mais, diferentemente de outras escolas espirtualitas, Kardec fez absoluta questão de expor seus estudos de forma racional, sem cair nas armadilhas do discurso místico ordinário, mais levado pela emoção e pela fantasia que pela razão, a partir de fatos, fenômenos e percepções reais, com o máximo zelo à análise e ao cuidado da descrição dos fenômenos a partir de sólidos referenciais lógicos. Seu trabalho seria, então, de trazer ao nível intelectual moderno alguns fenômenos que sempre acompanharam o homem em sua história e que foram negligencados pela ciência mecanicista moderna, principalmente a partir do legado mecanicista de Descartes e de Newton, apesar de ambos terem sido pessoas espiritualizadas, principalmente o segundo, que foi o primeiro grande cientista da era moderna e o último grande mago dos tempos alquímicos.
Em 1º de Janeiro de 1858, Allan Kardec publica o primeiro número da Revista Espírita, que serviu como poderosa auxiliar para os trabalhos ulteriores e para a divulgação da Doutrina Espírita na Europa e América. Segundo Henri Sausse, "em menos de um ano (...)", a Revista Espírita "(...) estava espalhada por todos os continentes do Globo. (...)
De tal maneira aumentou o número de assinantes, que Kardec, a pedido destes, reimprimiu duas vezes as coleções de 1858, 1859
e 1860 (...)".
Dentre os mais célebres admiradores, amigos e estudiosos de Kardec ou do espiritismo, destacamos o famoso astrônomo francês Camille Flammarion, o filósofo H. Bergson, o psicólogo e filósofo William James, o físico William Crookes, o biólogo Alfred Russel Wallace, o físico Oliver Lodge, o escritor Arthur Conan Doyle, dentre
inúmeros outros.
Podemos expor a importância do trabalho de Kardec por estas palavras do pai da moderna Parapsicologia, o fisiólogo Charles Richet: "Allan Kardec foi o homem que no período de 1857 a 1871 exerceu a mais penetrante influência, e que traçou o sulco mais profundo na ciência metapsíquica" (Charles Richet in "Traité de Métapsychique", p. 34). Da mesma forma, vários outros estudiosos confirmam a importância de Allan Kardec no desenvolvimento dos estudos psíquicos
no mundo inteiro.
Camille Flammarion, um dos maiores astrônomos da história, sempre lhe foi grato pelos estudos que eram correntes na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris, e foi ele quem fez o discurso fúnebre de Kardec, e a lista poderia se alongar com o nome de vários outros célebres pesquisadores, como Ernesto Bozzano, César Lombroso, dentre vários outros.Em 1º de abril de 1858, Allan Kardec funda a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que tinha por objetivo "(...) o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas. (...)" - Não era intenção de Kardec fundar uma religião, como ocorreu posteriormente a partir do seu legado.
Para ele "A ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, relativa às manifestações em geral; a outra, filosófica, relativa às manifestações inteligentes e suas conseqüências" (Kardec, O Livro dos Espíritos, tópico XVII da Introdução).
Discutiremos sobre isso mais adiante, tomando o próprio Kardec e outros autores como referência.
Em outubro 1861 ocorreu um patético acontecimento, para não
dizer repulsivo.
Trata-se do famoso "Auto-de-Fé", promovido pela Igreja Católica na cidade de Barcelona, Espanha, onde foram queimadas em praça pública cerca de trezentas publicações espíritas.
Estas obras, encomendadas a Allan Kardec pelo bibliotecário e livreiro Maurício Lachâtre, foram enviadas de forma comum, nas condições alfandegárias normais, tendo as taxas de importação sido pagas pelo destintário às autoridades espanholas; porém a entrega das encomendas não foi realizada.
Elas foram confiscadas pelo Bispo de Barcelona, com a seguinte justificativa:"A Igreja Católica é universal, e estes livros são contrários à fé católica, não podendo o governo (veja só, voltamos a ter a mistura do poder temporal com o religioso, sendo este último mais forte) permitir que eles passem a perverter a moral e religião de outros países".
Talvez com saudades dos áureos tempos de absoluto domínio das consciências humanas, à base de ferro e fogo, o douto Bispo de Barcelona, em doentia demonstração de esnobismo típicas de quem se acha no direito pertencer à seleta instituição dos únicos representantes da vontade de Deus na Terra, fez reacender as fogueiras que tantas vítimas inocentes fizera em séculos anteriores, onde, pelas mãos de um carrasco, as obras foram queimadas certamente no lugar das pessoas que deveriam lá estar: os espíritas franceses em geral, e um homem em particular: Allan Kardec.
Em tudo a pantomima seguiu as regras de uma execução inquisitorial, como podemos ler pelos autos do processo:"Assitiram ao auto-de-fé:"Um padre, com seus hábitos sacerdotais, tendo, em uma das mãos, a cruz e, na outra, uma tocha;"Um tabelião encarregado de redigir o processo verbal do auto-de-fé;"O assitente do tabelião;"Um funcionário superior da administração das alfândegas;"Três serventes da alfândega, com a função de alimentar o fogo;"Um agente da alfândega, representando o proprietário das obras condenadas;"Uma incalculável multidão se fez presente, enchendo os passeios, cobrindo a esplanada onde ardia a fogueira;"Depois de o fogo ter consumido os trezentos volumes e brochuras espíritas, o sacerdote e seus auxiliares retiraram-se cobertos pelas vaias e maldições dos inúmeros assitentes, que bradavam:
Abaixo a Inquisição!

"Depois, muitas pessoas, em protesto, aproximaram-se e apanharam
as cinzas".
E, graças a esta demonstração de brutalidade da religião de Roma, o espiritismo acabou tendo uma grande repercussão em toda a Espanha, granjeando inúmeros adeptos.
De certa forma, este ato alçou o Espiritismo ao mesmo patamar de outros mártires da liberdade de espírito, incluindo Jacques De Molay, Galileu, Giordano Bruno e aquela que, com toda a infalibilidade papal, foi condenada como bruxa à fogueira para, quatro séculos depois, ser elevada à categoria de santa,Joana D'Arc (demorou bastante para a infalibilidade papal reconhecer o erro).
Eis uma observação de Kardec, na Revue Spirite de 1864, p. 199, com respeito à divulgação do Espiritismo como umra religião pelos doutores da Lei da era moderna:
"Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero?
Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado".
Kardec passou o resto da de sua vida no mister de divulgar os resultados de seus estudos e os de outros colegas.
Empreendeu inúmeras viagens pela França e pela Bélgica entre 1859 a 1868, e escreveu várias brochuras e pequenos artigos para a divulgação do Espiritismo.
Kardec escreveu ainda muitos outros livros, entre eles se destacam O Livro dos Médiuns, de 1861; em 1864, O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865, o maravilhoso O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo; em 1868, A Gênese.
Sempre lúcido e lógico, soube como enfrentar a oposição e difamação de inimigos gratuitos com dignidade e nobreza, reconhecendo quando algum argumento oposto tinha um valor sério e sincero.
Manteve-se à frente da Societé Parisiene D'Études Spirites, além de de escrever outros livros e artigos para a Revista Espírita, até seu desencarne, ocorrido em 31 de março de 1869, aos 65 anos de idade, causado por um colápso cardíaco.

Carlos Antonio Fragoso Guimarães


Maravilhosa foi a missão de Rivail ou Allan Kardec.


Irene Ibelli

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quem Fica


"Quem Fica"

Poucas dores doem tanto quanto a da separação de um ser muito querido, que o desencarne retira de nosso convívio.
A primeira idéia que nos vem é a de que perdemos.
Perder alguém.
Perder a chance de estar com quem tanto amamos.
E o único sentimento capaz de suavizar nossa passagem por estes
momentos tão difícies é a FÉ.
A fé nos traz pensamentos confortadores, de que só estamos temporariamente separados, mas não sozinhos.
Torna possível entender que a perda só existe do nosso ponto
de vista.
No contexto universal, é mais uma destas idas e vindas de Espíritos em evolução.
Aquilo que nos parece um acidente, uma fatalidade, uma cirurgia que não deu certo, muda de figura sobre o pano de fundo da fé.
Uma tragédia aos nossos olhos pode ser um grande êxito na jornada espiritual daquele companheiro que parte.
O que pensamos que não deu certo, pode ter dado muito certo aos olhos de Deus.
Na verdade, não dispomos de elementos para avaliar o que representa, para nosso irmão ou irmã, a morte de seu corpo físico.
Não devemos então duvidar de que Deus esteja, neste exato instante, providenciando para ele o melhor.

Rita Foelker