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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Reencarnação e Laços de Família

 

 
Reencarnação e Laços de Família
 
Amigos, para poder entrar no assunto proposto que é reencarnação e laços de família, é importante primeiro abordar o estudo do perispírito, para facilitar a compreensão deste assunto.

Somos compostos de corpo físico, espírito e perispírito.
O perispirito é o molde do corpo físico, que preexiste a este, isto é, existimos no plano espiritual que é nosso verdadeiro lar, até que seja necessária uma nova encarnação, cujas programações são feitas minuciosamente com nossos mentores no astral.
Existem relatos na literatura espirita de pais que durante o sono do corpo fisico, são levados ao plano espiritual ( em desdobramento, isto é, o espirito juntamente com o perispirito, afasta-se do corpo que permanece dormindo, ligado por um cordão fluidico), onde conversam e combinam o nascimento do espirito que receberão como filho.
Não entrarei em detalhes sobre o momento da concepção e de como acontece o acoplamento do espirito ao que será seu novo corpo, porque é muito complexo. Durante a gestação, sofre o espirito de liberdade relativa, podendo estar ainda ligado ao plano espiritual, mas tendo que acompanhar atentamente a gestação, porque ele não só participa deste plano divino que somos cada um de nós, como molda o novo corpo conforme o seu molde espiritual citado acima, o perispirito.
A mente, em sua caminhada evolutiva, aprende o dominio celular. Colocando as celulas a seu serviço, consegue comandar sua forma de apresentação, segundo seu próprio molde mental, de acordo com suas necessidades evolutivas.
Claro que para ter esta participação, o espírito necessita um determinado grau de evolução, sem o que será auxiliado pelos mentores espirituais, que determinarão o instrumento físico mais adequado às suas necessidades.
É por isto que as mensagens espiritas sempre nos relatam que temos o corpo que precisamos, que estamos na família que melhor vai nos ajudar no caminho evolutivo, etc.
Porque tudo obedece a um plano maior, inteligente e preciso, que só visa a nossa felicidade, mesmo que para isto, estejamos no momento em corpo disforme ou doente.
Quando não evoluimos através do amor, Deus faz com que a dor nos ensine o caminho do bem, do belo e da felicidade.

Sugestões de leitura: Porque Adoecemos, volume I e II, Saúde e Espiritismo, todos da Associação médico espirita de Minas Gerais.

O perispírito e suas modelações, de Luiz Gonzaga Pinheiro.

Habitualmente - nunca sempre - somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, chamando a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, prometendo-lhes socorro e oportunidade de elevação e resgate. Depois de instalados na terra, se anestesiamos a consciência expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, podemos transformá-los em inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problema, impondo-nos trabalho e inquietação.

EMMANUEL

João Gonçalves Filho - (ABORTO - 009)

Há, pois, duas espécies de família:

as famílias pelos laços espirituais

Duráveis, se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma.

e as famílias pelos laços corporais.

Frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual.

("O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XIV, item 8).

TESTEMUNHO DOMÉSTICO Emmanuel

"Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé". PAULO em Gálatas 6:10

Decerto que o apóstolo Paulo, em nos recomendando carinho especial para com a família da nossa fé, mantinha em vista a obrigação inarredável da assistência imediata aos que convivem conosco.
Se não formos úteis e compreensivos, afáveis e devotados, junto de alguns companheiros, como testemunhar a vivência das lições de Jesus, diante da Humanidade?
Admitimos, porém, à luz da Doutrina Espírita, que o aviso apostólico se reveste de significação mais profunda. É que, entre os nossos domésticos, estão particularmente os laços de existências passadas, muitos deles reclamando reajuste e limpeza.
Na equipe dos familiares do dia-a-dia formam, comumente, aqueles espíritos que, por força de nossos compromissos do pretérito, nos fiscalizam, criticam, advertem e experimentam.
Sempre fácil dar boa impressão a quem não prive intimamente conosco. Num gesto ou numa frase, arrancamos, de improviso, o aplauso ou a admiração de quantos nos encontram exclusivamente na paisagem escovada dos atos sociais. Diante dos amigos que se despedem de nós, depois de uma solenidade ou de qualquer encontro formal, nada difícil cairmos desastradamente sob a hipnose da lisonja, com que se pretende exagerar as nossas virtudes de superfície.
Examinemos, contudo, as nossas conquistas morais, demonstrando-as perante aqueles que nos conhecem os pontos fracos.
Não nos iludamos. Façamos o bem a todos, mas provemos a nós mesmos, se já somos bons, fazendo o bem, a cavaleiro de todos os embaraços, diante daqueles que diariamente nos acompanham a vida, policiando o nosso comportamento entre o bem e o mal.
(do livro "Palavras de Vida Eterna", psicografado por Francisco Cândido Xavier)

Indicação de João Gonçalves Filho

http://www.guia.heu.nom.br/familia.htm
 
Extraído de: http://conscienciaevida.blogspot.com
 

 

O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
 
 
 
 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Processo Desencarnatório




 

O Processo Desencarnatório

por Gustavo Martins


 

 

 

 

4. Equipes de Desligamento

Somente alguns espíritos encarnados tem a capacidade de auto-desligamento, ou seja, de desligar os laços que o prendem ao corpo físico.

A grande maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta.

Por esse motivo existe na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. Elas realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão desencarnando.

Quando o espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo", eles realizam as seguintes tarefas:

  • Preparação ? O ambiente doméstico, os familiares e o próprio espírito que desencarnará em breve recebem visitas quase que diárias para auxílio magnético e preparação. Alguns recebem uma aparente melhora para consumação das sua últimas tarefas e para o último contato com os que lhe são queridos.
  • Proteção ? Existem vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em "vampirizar" os recém-desencarnados. A equipe espiritual tem como tarefa proteger o corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o espírito contra as investidas das trevas.
  • Desligamento ? Será abordado no próximo item, contempla todo o processo de desligamento do corpo físico.
  • Encaminhamento ? Os espíritos recém-desencarnados são auxiliados para o encaminhamento ao local onde serão amparados, seja um Posto de Socorro, uma Colônia Espiritual ou, infelizmente, largados ao léu, isso só acontece com os que não podem ser auxiliados, devido a grandes débitos ou apego em que se encontra. Ninguém pode se levado para planos superiores do Astral sem estar preparado.



O tamanho das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de espíritos que desencarnarão em um período específico.

Junto a equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de outras vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns), etc ..

Mesmo os médiuns que trabalham em casas onde existem mentores experientes nas ledes espirituais, recebem o auxílio da equipe de desligamento. Sobre esse tópico retiramos esse interessante texto do livro Obreiros da Vida Eterna:

"Porque se formara expedição destinada a socorro de servidor que dispunha de amigos de tamanha competência moral? Fabriciano demonstrava conhecimentos elevados e condição superior. O obsequiosos amigo, porém, evidenciando extrema acuidade perceptiva, antes que eu fizesse qualquer pergunta inoportuna, acrescentou:

- Não obstante nossa amizade ao médium, não nos foi possível acompanhar-lhe o transe. Temos delegação de trabalho, mas, no assunto, entrou em jogo a autoridade de superiores nossos, que resolveram proporcionar-lhe repouso, o que não nos seria possível prodigalizar-lhe, caso viesse diretamente para nossa companhia."

Nem todos recebem auxilio de equipes especializadas de desencarne, recebendo os outros o atendimento de equipes gerais que não podem interceder "muito" junto ao moribundo, sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Obreiros da vida eterna:

"- Nem todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos socorristas?

- Nem todas - confirmou o interlocutor, e acentuou, todos os fenômenos contam com o amparo da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminada; no entanto, a missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço perseverante do bem."

5. O Desligamento

5.1 Horário

O período da noite não possui os raios solares, que desintegram as energias negativas e eliminam as formas pensamento criadas pelo pensamento desregrado dos encarnados e desencarnados.

Além disso, temos uma diminuição na vitalidade existente no ambiente, o que piora as condições do doente, facilitando seu desencarne no período da noite, embora, de nenhuma forma isso seja uma regra, é simplesmente uma tendência, podendo por isso ocorrer desencarnações a qualquer hora do dia ou da noite.

5.2 O Processo de Desligamento

Falaremos aqui sobre o processo mais comum de desligamento, suicídio e mortes abruptas serão abordadas em outros tópicos.

5.3 Preparando o Ambiente

Em casos de doença, onde o moribundo está há algum tempo sofrendo, e junto com ele estão os familiares e amigos, cria-se uma ?aura? de imantação que dificulta o trabalho de desligamento.

Fica muito difícil para os espíritos criarem barreiras protetoras, o procedimento adotado pelas equipes especializadas é criar uma melhora fictícia para afastar os que "prendem" o agonizante ao corpo carnal.

Retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:

"- Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos temporária melhora para o agonizante, a fim de sossegar-lhe a mente aflita. Somente depois de semelhante medida conseguiremos retirá-lo, sem maior impedimento. As correntes de força, exteriorizadas por ela, infundem vida aparente aos centros de energia vital, já em adiantado processo de desintegração."

5.4 Cortando os Laços

É comum a presença de espírito amigo ou familiar da última encarnação durante o desligamento. A maior parte dos espíritos de nível "médio" de evolução se mantém mais ou menos conscientes do que acontece (depende o grau de desprendimento e evolução). Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc, tranqüiliza o espírito em processo de desencarnação.

No livro Voltei e Obreiros da Vida Eterna (ambos de Francisco Candido Xavier) os espíritos são amparados por familiares, mãe e filha, respectivamente.

Acredito que a melhor forma de falar sobre o processo de desligamento é citando os dois livros que falaram mais profundamente sobre o assunto, a seguir as transcrições:

Obreiros da Vida Eterna, Capítulo XIII, Companheiro Libertado,

"...Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:

- Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez, solicitações descabidas.
...
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:

- Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma:

o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.
...
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.
...
Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
...
O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindose, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.
...
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do ?morto?, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."

Do livro A vida Além da Sepultura, Capítulo 19, Espíritos Assistentes das Desencarnações:

"... A desencarnação demanda ainda outras operações complexas, pois a intimidade que se estabeleceu entre o perispírito e o corpo físico, durante alguns anos de vida humana, não pode ser desfeita em poucos minutos de intervenções técnicas do lado de cá. Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações liberatórias, em diversas etapas..."

5.5 O Rompimento do Cordão de Prata

A grande maioria dos espíritos em processo de desencarne ainda se acha ligado de alguma forma à matéria física, seja por amor a família, aos bens, preocupações com os que vão deixar, etc.

Em vista disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do cordão de prata, última etapa no processo de desligamento, só é realizado (na maioria dos casos) após algum tempo.

Sobre esse assunto temos a sábia palavra de Bezerra de Menezes, no livro Voltei:

"Esclareceu Bezerra que na maioria dos casos, não seria possível libertar os desencarnados tão apressadamente, que a rápida solução do problema liberatório dependia, em grande parte, da vida mental e das idéias a que se liga o homem na experiência terrestre. ".

Até o rompimento do cordão de prata o espírito encontra-se como um balão cativo (palavras de Bezerra de Menezes), e fica mais suscetível à influência do ambiente onde se encontra, também menos consciente e fraco. Após o rompimento, ocorre um gradual aumento da consciência e fortalecimento.

Para os mais evoluídos o rompimento é quase imediato.

5.6 Duplo Etérico e Vitalidade Acumulada

O desencarne não extingue as energias vitais que circulam no Duplo Etérico, que está diretamente ligado ao corpo físico e ao corpo astral. Os técnicos responsáveis pelo desencarne também devem tomar as devidas providencias para proteger os resíduos vitais contra as investidas dos vampiros do mundo astral.

Esses irmãos que já desencarnaram e por apego ao mundo ou desregramento ainda necessitam de ?sentir? a vitalidade, que só pode ser absorvida através do contato com seres encarnados ou recém-desencarnados, encontram-se a espreita, buscando se ?apropriar? de espíritos recém-desencarnados sem proteção, sugando as energias restantes do corpo físico, do duplo etérico e do perispírito.

Retiramos o seguinte trecho do livro Magia de Redenção ? Hercílio Maes, pelo espírito Ramatis, Os males do Vampirismo

"Quando o espírito desencarna, primeiramente rompe-se o cordão que liga o perispírito ao duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital que flui normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para o perispírito, enquanto a outra converge para o cadáver e depois desintegra-se no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico"

As palavras de Ramatís são confirmadas por André Luiz no livro Obreiros da Vida Eterna,

"Jerônimo examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado.Em seguida, cortou o liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado, fazia agora o esforço do convalescente ao despertar, estremunhado, findo longo sono.
Somente então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas forças do corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de energia do outro, que o mantinha sem notáveis alterações.
...
- Nossa função, acompanhando os despojos ? esclareceu ele, afavelmente, não se verifica apenas no sentido de exercitar o desencarnado para os movimentos iniciais da libertação. Destinase também à sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para subtrair-lhes resíduos vitais.
...
Logo após, ante meus olhos atônitos, Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre o cadáver, no ataúde momentaneamente aberto antes da inumação, e, através de passes magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo indescritível na linguagem humana por inexistência de comparação analógica, para que inescrupulosas entidades inferiores não se apropriassem deles.?

6. As Sensações

6.1 Sensações Antes do Desenlace

Os laços que prendem o espírito ao corpo físico como se "afrouxam" durante doenças prolongadas que antecipam a morte do corpo físico, por isso, os moribundos desdobram com facilidade para a devida preparação junto à equipe responsável pelo seu desenlace.

Alguns espíritos que morrem em acidentes trágicos sentem antecipadamente o fim que os aguarda, sofrendo grande angústia no coração, muitas vezes inexplicáveis naquele momento, de alguma forma sabem o que os espera, contudo, nunca imaginam que um acidente os aguarda.

6.2 Sensações Durante o Desenlace

As variações de sensações durante o desligamento são muitas, sempre vinculadas ao padrão espiritual do desencarnante e ao seu apego ao mundo material.

Muitos se despedem do mundo sem obstáculos e sem desagradáveis incidentes. Inúmeras almas dormem longuíssimos sonos, outras nada percebem, na inconsciência infantil em que vazam as impressões.

Porém, para aqueles que já possuem uma certa evolução, as sensações são muitas e pouco agradáveis pelo que pude perceber nos livros.

O principal motivo para as perturbações que ocorrem durante o processo de desencarne é o padrão vibratório dos amigos e familiares que estão em volta do leito de morte.

Primeiro são os choros, chamados, gritos, angustias, medo, saudade e etc...

Depois, além desses sentimentos, temos as conversas egoístas ou de baixo padrão vibratório.

É fato que a vibração energética emitida pelos entes encarnados é de profunda influência no espírito em libertação.

Estamos considerando o período de desenlace do seu início até o rompimento do cordão de prata.

Durante esse meio tempo o espírito fica meio consciente (espíritos de média evolução), sente-se fraco, facilmente influenciável pelo ambiente, não consegue raciocinar direito e pode sentir as sensações da doença que o levou ao desencarne (caso não consiga manter o padrão vibratório superior).

Alguns que se encontram despertos são colocados para dormir para que o impacto das energias negativas não seja sentido, outros, são levados para a praia ou cachoeira para receberem as emanações positivas da natureza. Cada caso é um caso, onde o merecimento e o desprendimento são variáveis de grande peso.

Não podemos deixar de citar o exame imparcial que alma faz de todos os acontecimentos de sua vida, passando pela sua tela mental todos os acontecimentos. Retirei dois trechos muito interessantes sobre esse tema.

"Um fato digno de registro é que, no momento do desencarne, seja ele repentino ou não, a pessoa vê passar ante ela toda a vida que deixa, em seus mínimos detalhes, de trás para frente, isto é, do momento atual até quando a atual existência teve principio. Processo automático em que o indivíduo em questão, como expectador, avalia, de forma crua, sem adornos, sem enganos, o que construiu de permanente para si mesmo, bem como o tempo malbaratado, gasto em ilusões."
Narcí Castro de Souza, Projetando Luz, Um Guia de Aprendizado Espiritual.

Também André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, nos fala sobre essa sensação.

"Assim como recapitula, nos primeiros dias da existência intra-uterina, no processo reencarnatório, todos os lances de sua evolução filogenética, a consciência examina em retrospecto de minutos ou de longas horas, ao integrar-se definitivamente em seu corpo sutil, pela histogênese espiritual, durante o coma ou a cadaverização do veículo físico, todos os acontecimentos da própria vida, nos prodígios de memória, a que se referem os desencarnados quando descrevem para os homens a grande passagem para o sepulcro."

6.3 Sensações Após o Desenlace

As variações de sensações após o desenlace são muitas e também estão diretamente vinculadas com a graduação espiritual e, com o estilo de vida que o espírito recém-liberto levou.

Todos os apegos, erros, divergências, prejuízos causados a outrem, vícios e etc, contribuem para "pesar" o corpo astral daquele que volta para os planos mais sutis de vida. O peso pode atrapalhar a ida para Colônias Espirituais ou Postos de Socorro, e dependo do erro pode impedir que as equipes desencarnacionistas encaminhem o recém-liberto, deixando-o ao léu.

Em casos mais graves os erros são tantos que ele acaba indo para subplanos inferiores, alguns se encontram abaixo da crosta (para maiores informações consultem o artigo O Plano Astral).

Esses "charcos" como Ramatís chama tem a finalidade de ajudar o espírito a expurgar as toxinas aderidas ao corpo espiritual, funciona como um processo de filtragem/lição para o espírito desregrado. Falaremos mais sobre esses "lugares" mais tarde.

Todos aqueles que buscaram se melhorar e fizeram o possível para deixar marcas positivas no coração dos que o acompanharam, recebem o benefício dos seus atos e pelas preces dos que ficaram são auxiliados. Regressam para Postos de Socorro ou Colônias espirituais, onde receberam o auxílio inicial para a adaptação ao novo plano de vida.

7. A Nova Vida para os que buscaram a Luz

Para os espíritos de média envergadura espiritual o desencarne é mais ou menos parecido, com maiores dificuldades para os que são vítimas de acidentes, onde o rompimento dos laços é realizado de forma abrupta.

Após o auxílio das equipes de desencarnação, eles são levados para Colônias ou Postos de Socorro que estão afins com o seu padrão vibratório.

Recebem visitas dos que partiram antes deles, que fazem o possível para ajudá-los na adaptação.

Não é possível, na maioria dos casos, visitar de pronto a família terrena, em vista dos fortes impactos que sofreria.

Após o período de adaptação eles são encaminhados para tarefas de auxílio, que podem seguir os conhecimentos e experiências de trabalhos realizados na Terra.

O cansaço é muito comum após o desencarne e o espírito se sente frágil, necessitando de alimentos e repouso (a maior parte dos espíritos medianos que vivem no astral se adaptam a extrair a vitalidade da luz).

Passes magnéticos são realizados pelos amigos espirituais, auxiliando na adaptação e o equilíbrio.

Não é comum aos espíritos de médio porte lembrarem logo após o desencarne de suas vidas anteriores, isso acontece gradualmente e varia, de acordo com a história de cada um.

Pelo que pude constatar nos livros, a volitação e velocidade de deslocamento são adquiridas com o tempo, afinal, tudo na vida é uma questão de prática.

Os espíritos recém-libertos ficam muito suscetíveis às emanações de baixo padrão vibratório, eles ainda não conseguem se isolar completamente, por isso que é tão perigoso à volta para o lar SEM A COMPANHIA E AUTORIZAÇÃO DOS INSTRUTORES ESPIRITUAIS!!!

Esse tipo de apego, que pode "tirar" o espírito da proteção dos amigos espirituais, faz correr grande risco aqueles que julgam estar na família terrena a única forma de felicidade. No livro Sexo e Destino, de Francisco Cândido Xavier, temos o exemplo de uma senhora, que após seis meses de adaptação ao plano espiritual resolveu voltar ao seu lar, visitando os entes queridos, contudo, não suportou o impacto das notícias arrebatadoras e entrou em colapso, tendo que ser transferida para hospitais psiquiátricos existentes no plano espiritual.

http://www.grupopas.com.br

 

 
 
 

O sofrimento dos Suicidas




 
O sofrimento dos Suicidas
 
(Conscientes e Inconscientes)
 
Como foi falado no tópico sobre reencarnação, todos temos mais ou menos um tempo de vida, onde foi planejado um conjunto de resgates, encontros, lições e etc.
 
Esses acontecimentos podem ser entendidos como tendências da sua vida e não como destino, ou seja, tudo isso será atraído para você, os resgates podem ser minimizados ou até evitados pelo seu "estilo" de vida. No caminho contrário, os benefícios podem não chegar até você, pelo mau uso dos bens materiais e espirituais concedidos ou pela cegueira espiritual em que o encarnado se encontra.
 
O suicida não tem o direito de tirar a sua vida.
 
Não foi o espírito que criou a vida, a vida é um "milagre" do criador, que dá a oportunidade de crescimento para seus queridos filhos. Somente ele, em sua sabedoria infinita tem o direito de retirá-la.
 
Com ou sem dificuldades, muito doente ou cheio de vícios e erros, abandonado ou demasiadamente idolatrado... Não existe desculpa para o suicídio.
 
O espírito ficará em estado de sofrimento e só poderá ser resgatado pelos amigos espirituais quando o tempo estipulado para sua vida terminar.
 
Isso não é uma regra absoluta, existem variáveis que podem minimizar ou até compartilhar com outros a responsabilidade do suicídio, contudo, isso é o que acontece na maioria dos casos.
 
O suicida pode ficar ligado aos seus restos mortais e sentir a sensação da decomposição do seu corpo físico, isso acontece porque o fio de ligação não foi devidamente rompido, o corpo está morto para o mundo, contudo, o espírito continua ligado.
 
O sofrimento após a morte daquele que se suicida não é interminável, mas, para aquele que sofre parecerá não ter fim. A grande maioria entra em estado de loucura, porque revive a todo o momento o ato que realizou. Na sua tela mental ele revive os últimos momentos e sente a dor e o sofrimento que causou a si mesmo. Mergulhando em um mundo de alienação ele não enxerga quase nada a sua volta, não consegue sentir a presença daqueles que o visitam periodicamente para orar em seu favor.
 
O suicida também é presa fácil dos espíritos trevosos, que sugam sua vitalidade.
 
Em alguns livros nos é falado sobre o Vale dos Suicidas, lugar para onde são "atraídos" os irmãos que decidem abandonar o corpo pela própria vontade. Após a leitura de vários livros, acredito que os suicidas podem ser levados a diferentes tipos de regiões do astral inferior, tudo depende dos agravantes e atenuantes de sua responsabilidade e dos atos cometidos durante a vida.
 
Religioso ou Ateu, Rico ou Pobre, Poderoso ou Desconhecido, Médium ou Padre, todo aquele que se suicidar sentirá o peso cruel do próprio ato. Conhecendo ou não o plano espiritual ele experimentará a alienação do seu próprio assassinato.
 
PARA AQUELES QUE CONHECEM UM POUCO DO PLANO ESPIRITUAL, NÃO ACONSELHO A FICAR PENSANDO.... COMO SERIA BOM IR PARA O OUTRO LADO!!! OU EU QUERO MORRER PARA VIVER NO MUNDO DOS ESPÍRITOS!!!
 
O pensamento é matéria de outro plano, a vontade do espírito é força criadora, se você pensar em morrer, você acabará morrendo e se tornará um suicida inconsciente, passando pelos mesmo sofrimentos do suicida consciente.
 
Aqueles que são viciados em álcool, cigarros, drogas e etc, acabam diminuindo o seu tempo de vida, e também estão sujeitos a esse tipo de sofrimento depois da morte. André Luiz, no livro Nosso Lar, mostra com suas próprias palavras o sofrimento de um suicida inconsciente (ele próprio), como era considerado:
 
" Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito.
 
Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.
 
Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis?
 
Impossível esclarecer.
 
Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a
voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.
 
E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviame todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!
 
Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser.
 
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono.
Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles. "
 
9. A Nova Vida para os Assassinos, Caluniadores, etc.
 
Compartilharei uma conclusão que tive após ler vários livros sobre desencarnação.
 
Todas as pessoas que prejudicam outras, sentem um "certo" remorso, contudo, a grande maioria ignora essa "voz interior", o impacto dela é muito pequeno, a culpa vem, mas logo o encarnado consegue se desfazer do pensamento, realizando outros atos maldosos ou continuando a sua vida.
 
Contudo, após a morte tudo fica diferente, não é mais uma "voz interior" e sim um Grito Ensurdecedor da Alma que transfere para o desencarnado toda a consciência de culpa do erro cometido. A sensação de "culpa" dos desencarnados é implacável, ele não consegue mais ignorar esse sentimento, já que não possui mais o corpo físico para aliviar os impactos emocionais.
 
Bom, podemos concluir então que aquele que prejudica alguém, no fundo, sempre se sente culpado, mesmo que não admita, e é essa culpa a brecha para todos os tipos de sofrimento que ele padecerá, enquanto continuar encarnado e também após o seu desencarne, caso não mude a sua postura.
 
Vamos então exemplificar no caso do assassino... Se o João mata o Pedro, Pedro continua existindo, só que em outro plano. Se o Pedro for um espírito bondoso e com algum discernimento espiritual ele perdoará João e seguirá o seu caminho, alcançando esferas de luz e amor. No entanto, a "brecha" de João continua e ele será obsediado, através dessa "culpa" interior por espíritos das trevas, que serão atraídos por esse tipo de vibração.
 
Existem legiões de espíritos que se julgam "justiceiros", acham que tem o direito de fazer sofrer aqueles que praticaram maldade, seja por motivo de vingança, seja por motivo de justiça. Espíritos amigos nem sempre podem interceder, já que o faltoso tem compromissos graves com as leis divinas.
O João também pode se tornar um joguete de espíritos maldosos que o manipularão para realizar outras maldades, da obsessão se tornará possessão e após a morte o João se tornará escravo desses espíritos manipuladores.
 
Uma outra possibilidade é Pedro não ser um espírito bondoso, e, se tornar completamente fechado as inspirações de amor e perdão que serão passadas pelos espíritos amigos.
 
Ele perseguirá João de todas as formas possíveis. Como João possui uma dívida, ou seja, uma brecha cármica com Pedro, aos poucos Pedro conseguirá obsediar João e fará de tudo para que sofra até os últimos dias de sua vida. Provavelmente espíritos trevosos, hipnotizadores, vampiros, obsessores, manipuladores se aproximarão de Pedro, ensinando-o várias técnicas de obsessão.
 
Pedro esperará João e quando esse morrer, realizará toda sorte de maldades. O fim desse ciclo, que necessitará provavelmente do renascimento do grupo envolvido, só ocorre através do auxilio de instrutores abnegados, que com paciência e amor esperam que os vingadores "cansem" de fazer maldades e que o "faltoso" esteja apto a ser ajudado.
 
Chegamos a conclusão que aquele que se compromete na Terra por prejudicar alguém sente um peso tão grande da culpa que isso o impede de ser levado para regiões de Luz.
 
Se desejar mudar o seu destino terá que acordar para a verdade e, além disso, se sentir merecedor de uma nova chance.
 
Buscamos mostrar, em aspectos gerais o que acontece, lembrando que cada caso tem suas características próprias.
 
Um assassino pode mudar todo o rumo de sua vida. No caso de se arrepender ele pode dedicar sua vida ao amor, a paz e a solidariedade. Modificando completamente o seu campo vibratório ele poderá modificar a brecha cármica que abriu.
 
Embora não se eximindo de sua responsabilidade, que um dia será cobrada pela justiça divina, ele prepara a colheita para a vida após a morte, podendo assim receber a ajuda das equipes espirituais. Todos temos a chance de modificar nossas vidas, ninguém nasceu para sofrer, a Luz do Amor Divino pode ser alcançada por todos.
Retiramos a seguinte passagem do livro Voltei, do Irmão Jacob:
"... Disse que o irmão em crise realmente fora homicida em outra época, mas trabalhara em favor da regeneração própria e a bem da Humanidade, com tamanho valor, nos últimos 30 anos da existência, que merecera carinhosa proteção dos orientadores de mais alto..."
 
Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte trecho:
"Criminosos que mal ressarciram os débitos contraídos, instados pelo próprio arrependimento, plasmam, em torno de si mesmos, as cenas degradantes em que arruinaram a vida íntima, alimentando-as à custa dos próprios pensamentos desgovernados.
 
Caluniadores que aniquilaram a felicidade alheia vivem pesadelos espantosos, regravando nas telas da memória os padecimentos das vítimas, como no dia em que as fizeram descer para o abismo da angústia, algemados ao pelourinho de obsidentes recordações.
Tiranetes diversos volvem a sentir nos tecidos da própria alma os golpes que desferiram nos outros...".
 
 
 
10. O Desencarne de seres Altamente Evoluídos
 
Os seres altamente evoluídos, como os Mestres e Santos, conseguem realizar por vontade própria o desligamento do seu corpo físico.
 
Se assim for a vontade do homem auto-realizado, ele pode se desligar do corpo com tal velocidade e de tal forma que as poderosas energias que circulam pelo seu corpo etérico são absorvidas pelo corpo cadavérico, mantendo por longo tempo o corpo coeso.
 
Esses seres nada sofrem porque não vivem na terra, mas mergulhados no na infinita consciência divina, eles não são mais iludidos por maya (a grande ilusão) e por isso partem para planos mais sutis, podendo habitar planos acima do astral.
 
 
 
11. A Nova Vida para os médiuns
 
Coloquei esse item por saber toda curiosidade e mistério que circundam aqueles que são médiuns.
 
O médium não foge a nenhuma regra que expomos aqui. Ele está sujeito as mesmas energias de atração, apego e conduta.
 
Contudo, a boa, má ou não utilização dos dons que recebeu influenciam e muito no que acontecerá após o desencarne.
 
O que utilizou de forma produtiva a sua mediunidade, ajudando os que sofrem receberá o benefício da intercessão dos que o amam e sentirá o valor das preces que receberá durante o período de desencarne.
 
O que não utilizou para nada a sua mediunidade estará sujeito ao seu apego e conduta, contudo, assim que sua consciência se dilatar ele sentirá uma frustração imensa por não ter utilizado o benefício QUE ELE SOLICITOU para ajudar o próximo.
 
O que utilizou a mediunidade com objetivos egoístas e para benefício próprio fica entregue aos espíritos de baixo padrão com que se afinizou durante a vida. Muito provavelmente será explorado de todas as formas possíveis, pois os espíritos que durante a sua vida atenderam seus pedidos, agora se acham no direito de utilizá-lo da maneira que acharem melhor.
 
 
 
12. As sensações físicas, vícios após a Morte – A nova vida dos viciados
 
O título aqui não fala somente sobre os viciados em Álcool, Fumo ou Drogas, também estão envolvidos os que são apegados a qualquer tipo de "sensação" experimentada na terra.
 
Os desejos estão no espírito e não no corpo físico, por isso, a maior parte dos recém-desencarnados continua sentindo os "desejos" físicos, sejam eles a fome, a sede, as compulsões, a sexualidade e etc.
Ramatís nos fala de forma clara sobre isso no livro Fisiologia da Alma
 
"...Na verdade, os vícios terrenos não devem ser encarados como "pecados" ofensivos a Deus, mas apenas como grandes obstáculos e empecilhos terríveis que, em seguida à desencarnação, se transformam em uma barreira indesejável mantendo o espírito desencarnado sob o comando das sensações inferiores..."
 
Embora fumar ou beber não represente sofrimento para os espíritos após a morte, o vício o incomodará. Sendo uma alma amorosa e com algum discernimento espiritual, ela sofrerá da abstinência como qualquer outro espírito e terá que escolher entre os dois possíveis caminhos dos viciados após a morte:
 
- Lutar contra si mesmo e abandonar o vício, mesmo que esse o acompanhe por algum tempo.
 
- Se tornar um vampiro das emanações geradas por encarnados. Encarnados viciados em cigarro enviam para o astral, da quebra das toxinas, elementos tóxicos, que são absorvidos por esses ObsessoresVampiros. Como a absorção do vampiro é menor e o seu vício é tão intenso quanto o do encarnado, ele o estimula a cada vez tragar ou ingerir mais elementos tóxicos. Os viciados em sexo também emanam energias de baixo padrão que são absorvidas pelos ObsessoresVampiros das sensações sexuais e assim temos toda sorte de atração entre viciados encarnados e vampiros que se afinizam com aquele tipo de vicio.
 
Em vários livros podemos constatar a dificuldade dos espíritos recém-libertos de se desvencilhar do condicionamento físico, sejam os vícios da sede, forme ou sexo. Conforme o espírito vai se desligando da sua última encarnação e dos laços físicos, o seu teor vibratório muda e com isso as sensações vão se extinguindo ou conseguem pelo menos ser controladas, tudo vai depender do esforço e grau de evolução do espírito, não existe regra.
 
As toxinas aderidas ao corpo através, por exemplo, do fumo "grudam" no períspirito, ou como chamamos também, corpo astral. Essas toxinas vão dificultando o contato com os corpos superiores e com os amigos de mais alto padrão vibratório. O espírito tem dificuldade de contato superior e além disso, está carregado de energias tóxicas.
 
Quando ele desencarna, essas energias continuam "grudadas" no corpo astral, elas precisam ser expurgadas.
 
Alguns moribundos ficam acamados dias, as vezes meses. Embora isso seja muito difícil para ele e para a família, esse tempo hospitalizado PODE ser utilizado como uma benção, para expurgar as energias deletérias agregadas ao corpo espiritual.
 
Se o espírito tem um coração puro e é merecedor da ajuda espiritual podem acontecer coisas interessantes como a que li em um livro que não me lembro o nome, onde uma senhora, merecedora de carinho infinito por muitos, recebeu a proteção espiritual depois do desencarne até que seu corpo espiritual expurgasse as toxinas aderidas por causa do seu vício.
 
Vale lembrar que são poucos os casos de pessoas que conseguem manter o padrão vibratório alto, tendo um vício, para a maioria dos casos a morte vem como um BASTA para o seu vício e isso não é muito bem aceito.
 
É importante o espírito encarnado entender as conseqüências do seu vício, porque hoje ele é obsediado, mas amanhã ele se tornará o obsessor.
 
Retiramos o trecho abaixo do livro Mensageiros, de André Luiz para uma meditação sobre o desregramento de muitos durante a vida:
" - Notam-se, de fato, grandes lacunas na expressão mental do moribundo. Vê-se que atravessou a vida humana obedecendo mais ao instinto que à razão. Observam-se-lhe no mundo celular vastos complexos de indisciplina. Poderemos, contudo, ajudá-lo a desvencilhar-se dos laços mais fortes, no que se refere ao círculo carnal.
 
- Será um caridoso obséquio — redargüiu a genitora, aflita.
 
- A irmã está incumbida de encaminhá-lo? — perguntou o instrutor, compreendendo a magnitude da tarefa. — Precisamos ponderar, quanto a isto, porque o desprendimento integral se verificará dentro de poucos minutos.
 
Ela esboçou um gesto triste e respondeu:
 
- Desejaria sacrificar-me ainda um pouco por meu desventurado Fernando, mas apenas obtive permissão para socorrê-lo nos seus últimos instantes. Meus superiores prometem ajudá-lo, mas aconselharam-me a deixá-lo entregue a si mesmo durante algum tempo. Fernando precisa reconsiderar o passado, identificar os valores que, infelizmente, desprezou. As lágrimas e os remorsos, na solidão do arrependimento, serão portadores de calma ao seu espírito irrefletido. Grande é o meu desejo de conchegá-lo ao coração, regressando aos dias que já se foram; todavia, não posso prejudicar, com a minha ternura materna, a marcha do serviço divino. Fernando, em verdade, é filho do meu afeto; contudo, tanto ele como eu, temos contas com a Justiça do Eterno e, no que respeita a mim, estou cansada de agravar os meus débitos.
 
Não devo contrariar os desígnios de Deus. "
 
Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte trecho:
" ... e os viciados de toda sorte, quais os dipsômanos e morfinômanos, experimentam agoniada insatisfação, qual ocorre também aos desequilibrados do sexo, que acumulam na organização psicossomática as cargas magnéticas do instinto em desvario, pelas quais se localizam em plena alienação.".
 
13. O Apego ao Corpo físico
 
Esse tópico é parecido com o anterior, contudo, sobre esse tema encontrei o fascinante trecho no livro Nosso Lar, de André Luiz:
 
"Regressando ao contacto direto com os enfermos, notei Narcisa a lutar heroicamente por acalmar um rapaz que revelava singulares distúrbios.
 
Procurei ajudá-la.
 
O pobrezinho, de olhos perdidos no espaço, gritava, espantadiço:
 
- Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...
 
E, olhar esgazeado dos que experimentam profundas sensações de pavor, acentuava:
 
- Irmã Narcisa, lá vem "ele"!, o monstro! Sinto os vermes novamente!
 
"Ele"! "Ele"!. . . Livre-me "dele" irmã! Não quero, não quero!...
 
- Calma, Francisco - pedia a companheira dos infortunados -, você vai libertar-se, ganhar muita serenidade e alegria, mas depende do seu esforço.
 
Faça de conta que a sua mente é uma esponja embebida em vinagre. É necessário expelir a substância azeda. Ajudá-lo-ei a fazê-lo, mas o trabalho mais intenso cabe a você mesmo.
 
O doente mostrava boa-vontade, acalmava-se enquanto ouvia os conceitos carinhosos, mas volvia à mesma palidez de antes, prorrompendo em novas exclamações.
 
- Mas, irmã, repare bem... "ele" não me deixa. Já voltou a atormentarme! Veja, veja!...
 
- Estou vendo-o, Francisco - respondia ela, cordata -, mas é indispensável que você me ajude a expulsá-lo.
 
- Este fantasma diabólico!... - acrescentava a chorar como criança, provocando compaixão.
 
- Confie em Jesus e esqueça o monstro - dizia a irmã dos infelizes, piedosamente -, vamos ao passe.
 
O fantasma fugirá de nós. E aplicou-lhe fluidos salutares e reconfortadores, que Francisco agradeceu, manifestando imensa alegria no olhar.
 
- Agora - disse ele, finda a operação magnética -, estou mais tranqüilo.
 
Narcisa ajeitou-lhe os travesseiros, mandou que uma serva lhe trouxesse água magnetizada.
 
Aquela exemplificação da enfermeira edificava-me. O bem, como o mal, em toda parte estabelece misterioso contágio.
 
Observando-me o sincero desejo de aprender, Narcisa aproximou-se mais, mostrando-se disposta a iniciar-me nos sublimes segredos do serviço.
 
- A quem se refere o doente? - indaguei, impressionado. Está, porventura, assediado por alguma sombra invisível ao meu olhar?
 
A velha servidora das Câmaras de Retificação sorriu carinhosamente e falou:
 
- Trata-se do seu próprio cadáver.
 
- Que me diz? - tornei, espantado.
 
- O pobrezinho era excessivamente apegado ao corpo físico e veio para a esfera espiritual após um desastre, oriundo de pura imprudência.
 
Esteve, durante muitos dias, ao lado dos despojos, em pleno sepulcro, sem se conformar com situação diversa. Queria firmemente levantar o corpo hirto, tal o império da ilusão em que vivera e, nesse triste esforço, gastou muito tempo. Amedrontava-se com a idéia de enfrentar o desconhecido e não conseguia acumular nem mesmo alguns átomos de desapego às sensações físicas. Não valeram socorros das esferas mais altas, porque fechava a zona mental a todo pensamento relativo à vida eterna. Por fim, os vermes fizeram-lhe experimentar tamanhos padecimentos que o pobre se afastou do túmulo, tomado de horror. Começou, então, a peregrinar nas zonas inferiores do Umbral; no entanto, os que lhe foram pais na Terra possuem aqui grandes créditos espirituais e rogaram sua internação na colônia.
 
rouxeram-no os Samaritanos, quase à força. Seu estado, contudo, é ainda tão grave que não poderá ausentar-se, tão cedo, das Câmaras de Retificação. O amigo, que lhe foi genitor na carne, está presentemente em arriscada missão, distante de "Nosso Lar".
 
- E vem visitar o doente? - perguntei.
 
- Já veio duas vezes e experimentei grande comoção, observando-lhe o sofrimento, discreto. Tamanha é a perturbação do rapaz, que não reconheceu o pai generoso e dedicado. Gritava, aflito, mostrando a demência dolorosa. O genitor, que veio vê-lo em companhia do Ministro Pádua, do Ministério da Comunicação, pareceu muito superior à condição humana, enquanto se encontrava com o nobre amigo que obtivera hospitalidade para o filho infeliz. Demoraram-se bastante, comentando a situação espiritual dos recém-chegados dos círculos carnais. Mas, quando o Ministro Pádua se retirou, compelido por circunstâncias de serviço, o pai do rapaz me pediu lhe perdoasse o gesto humano e ajoelhou-se diante do enfermo. Tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais, e beijou-lhe a face, chorando copiosamente. Não pude conter as lágrimas e retirei-me, deixando-os a sós Não sei o que se passou, em seguida, entre ambos; mas notei que Francisco, desde esse dia, melhorou bastante. A demência total reduziu-se a crises que são, agora, cada vez mais espaçadas."
 
 

 

O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
 
 
 
 

Refletindo sobre a Vida

Proverbios - Recados e Imagens (4754)
 
Refletindo sobre a Vida

por Gustavo Martins

 

 

 

 

1. Introdução

"Já pensaste na paz do último dia na Terra?

Nesses olhos nublados de pranto, num corpo lavado pelo copioso suor da agonia, grangrenado e semi-apodrecido, onde os órgãos rebeldes, em conflito, são centros das mais violentas e rudes dores, existe todo um amontoado de mistérios indecifráveis para aqueles que ficam.

Nesses rápidos minutos, um turbilhão de pensamentos represa-se nesse cérebro esgotado pelos sofrimentos... O Espírito, no limiar do túmulo, sente angústia e receio; e, nos estertores de sua impotência, vê, numa continuidade assombrosa de imagens movimentadas, toda a inutilidade das ilusões da vida material. Todas as suas vaidades e enganos tombam furiosamente, como se um ciclone impiedoso os arrancasse do seu íntimo, e os que somente para esses enganos viveram sentem-se, na profundeza de suas consciências, como se atravessassem um deserto árido e extenso; todos os erros do passado gritam nos seus corações, todos os deslizes se lhes apresentam, e nessa quietude aparente de uns lábios que se cerram no doloroso ricto da morte, existem brados de blasfêmia e desesperação, que não escutais, em vosso próprio beneficio.

Para esses espíritos não existe a paz do último dia. Amargurados e desditosos, lançam ao passado o olhar e reflexionam: -Ah! Se eu pudesse voltar aos tempos idos!"
(Emmanuel, Francisco Candido Xavier)

Segue o transcurso das eras e os mundos continuam em seus ciclos, de criação, manutenção e destruição. Esse aspecto tríplice, que é representado pelos hindus como a Deusa Shiva, mostra ao espírito que tudo é temporário, transitório e efêmero.

Esse artigo tem como objetivo falar um pouco sobre a morte, ou, melhor dizendo, sobre o despertar de uma nova consciência. Alertando a todos para a importância do tempo que permanecemos encarnados para nossa evolução espiritual.

2. Reencarnação

Não podemos falar sobre desencarnação sem antes fazer pequenos comentários sobre a Reencarnação, embora somente em futuro artigo esse tema seja aprofundado.

É muito conformista ou cômodo achar que todos nasceram do pó e a ele voltarão após a morte.

Considerar que o vizinho que tem paralisia cerebral ou o primo que tem diabetes são meras obras do acaso ou da coincidência é sem dúvida não conseguir se abster por um só momento da ilusão da matéria e não usar da sua lógica intuitiva para alcançar conhecimentos mais sutis.

Todos somos espíritos, pré-existentes, moldados perfeitos, mergulhados no profundo sono da ilusão, que aos poucos despertam para a realidade maior.

Embora isso seja um ótimo argumento para os descrentes, é, na verdade, uma nova chance que recebemos, para mais uma vez tentarmos nos melhorar. Embora muitas coisas pudessem ser facilitadas pela lembrança de vidas passadas, outras, de maior gravidade, seriam recordadas e o sentimento de culpa, ódio, angústia ou remorso seriam insuportáveis para muitos.

Somente os que se dedicam com afinco a uma vida espiritual, conseguem, pouco a pouco romper o estado de ilusão e alcançar o contato com sua consciência divina, podendo lembrar de vidas anteriores e até, em alguns casos, realizar o que alguns chamam de "milagres" .

O homem tem uma busca insaciável pelo motivo da sua vida. A grande maioria se entrega aos prazeres terrenos, não se satisfazendo nunca, indo de porto em porto, desgastando o sublime navio que recebeu. Nunca conseguindo alcançar o lugar que tanto procura, ele busca seus prazeres de formas diferentes, até que um dia, pelo cansaço extenuante das suas desditosas ações, ele passa a procurar dentro de si, entendo que só é possível alcançar a paz divina através do caminho interior.

Reencarnados, somos ligados a adversários e amigos, encontrando aqueles que prejudicamos e os que nos prejudicaram, recebendo o amor e carinho dos pais e sendo burilados pela vida.

Influenciados pelo Universo, que de todos os cantos nos envia radiações, somos impulsionados para o crescimento, material e espiritual, ao mesmo tempo em que, de forma imparcial, atraímos ao nosso encontro os benefícios e dificuldades, as provas e testes que acertarão nossas contas com a justiça divina. Através da lei de causa e efeito, ou Karma, nós e não Deus, atraímos as situações que nos possibilitam crescer, melhorar e aliviar a consciência que algumas vezes sofre pavorosas lembranças do mal praticado.

Transformamos assim as dores, o abandono, as alegrias, as amizades, os inimigos em irmãos, as injúrias em perdão. E desta forma, transformamos também todos os acertos da vida em tesouro espiritual, indestrutível pelo tempo e inalcançável pelos que buscam nos prejudicar.

3. Tempo de Vida

Segundo o que pude perceber, temos mais ou menos estipulado, um tempo de vida.

Esse tempo não é cronometrado e sim planejado, ou seja, o seu corpo é ajustado para que você tenha mais ou menos o tempo de vida estipulado para resgatar os erros cometidos no passado, auxiliar ou receber auxílio, entrar em contato com afetos ou desafetos e dar seu pequeno ou grande passo rumo a espiritualidade superior.

Retiramos o segunte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna, capitulo XIII ? Companheiro Libertado, para elucidar melhor o assunto:

"Compreendia, mais uma vez, que há tempo de morrer, como há tempo de nascer. Dimas alcançara o período de renovação e, por isso, seria subtraído à forma grosseira, de moda a transformar-se para o novo aprendizado. Não fora determinado dia exato. Atingira-se o tempo próprio..."

Não existe regra que vincula o tempo de vida à evolução espiritual. Um espírito muito evoluído pode viver poucos anos, somente para "acabar" com os pequenos resíduos que o impedem de se libertar completamente dos ciclos reencarnatórios.

Um espírito que não tem necessidade de reencarnar pode, por amor e renúncia, mergulhar na matéria para ajudar os que ama, vivendo o tempo suficiente para despertar os seus entes queridos, voltando, assim que possível para o seu verdadeiro lar.

Um espírito pode viver muito e estar em degradante estado espiritual. A espiritualidade superior pode dar muito tempo de vida para tentar persuadir o "teimoso" a mudar o seu temperamento. A paternidade, o envelhecimento, os netos, tudo isso ajuda muito a amansar o coração, tornando-o o mais dócil para aceitar os ensinamentos de amor ao próximo, perdão e da vida após a morte.

3.1 Prolongamento do Tempo de Vida

Um espírito pode ter o seu "tempo de vida" estendido, por motivos variados, que geralmente decorrem de intercessões externas. Como por exemplo:

  • Facilitar o ingresso no mundo espiritual ? Alguns precisam de mais um "tempinho" para receber uma conversa confortadora, uma palestra amiga. Nos últimos suspiros de vida muitos orgulhosos aceitam a palavra consoladora da vida eterna.
    Também existe o caso daqueles que possuem resíduos tóxicos que precisam ser expurgados. Esses, por algum motivo, tem merecimento da ajuda espiritual. A intercessão se dá por ações boas realizadas, mesmo que tenham cometido erros que saturaram seu corpo perispiritual, eles se tornaram merecedores da devoção e carinho dos mentores espirituais e de apelos dos que lhe são caros.
  • Para ajudar um grupo de pessoas. Isso acontece com pessoas especiais, como por exemplo, Chico Xavier, onde milhares de pessoas pediram que ele continuasse vivo, para que pudesse por mais algum tempo auxiliar os que sofriam.
  • Para algum tipo de trabalho Espiritual ? Isso pode acontecer nos casos em que o espírito se modifica tanto que pode ser utilizado em tarefas de ajudam a humanidade ou um grupo de espíritos. Nesse caso o tempo de vida pode ser estendido para que ele realize a tarefa espiritual. Isso aconteceu com uma amiga minha.

Tanto é verdade que o tempo de vida não é definido exatamente e sim aproximadamente que os livros que tratam sobre desencarnação falam sobre equipes espirituais que visitam os espíritos que estão prestes a desencarnar. No livro Obreiros da Vida Eterna, de Francisco Candido Xavier, pelo Espírito André Luiz, nos é informado que uma equipe espiritual, responsável pela desencarnação de quatro espíritos, ficou aproximadamente dois meses em um posto de socorro espiritual, realizando os preparativos necessários ao desencarne, sendo que um deles teve estendido seu tempo de vida devido a intercessão de um neto, que necessitava do amparo.

3.2 Utilização do Tempo de Vida

Como falamos anteriormente o tempo de vida determinado para um espírito encarnado não é exato e sim aproximado. Contudo, o espírito pode ter seu tempo estendido (explicado no item anterior) ou encurtado.

Aqueles que tem seu tempo de vida estendido geralmente recebem esse benefício por intercessões externas (espíritos encarnados ou desencarnados) e, na maioria dos casos, são espíritos que se beneficiam por boas ações realizadas na terra.

Existe, porém, aqueles que tem seu período de vida encurtado. Por motivos de sua responsabilidade não poderão usufruir o tempo de vida que lhes foi outorgado pela providencia divina.

Vamos falar um pouco sobre os tipos de ações que podem encurtar o tempo de vida:

  • Renúncia e dedicação ao próximo - Alguns médiuns, professores, filósofos, cientistas, etc. tem como objetivo ajudar um grupo ou até a humanidade e se dedicam tanto a tarefa, que acabam comprometendo a sua saúde e por conseqüência o seu tempo de vida.
    Se esses irmãos renunciaram a vida em favor da humanidade ou do próximo, sem interesses pessoais, então exerceram a máxima do "Amar ao Próximo como a si Mesmo...", marcando a Terra e os Céus com seus trabalhos de amor e caridade.
    Aqueles que buscam a Deus acima de tudo e a amam o próximo como Jesus os amou encontrarão a salvação e o reino dos céus. Foi dito e não há dúvida.
    No livro Obreiros da Vida Eterna temos um trecho bastante interessante que trata justamente sobre esse assunto:
    "- Mas se Dimas não aproveitou todo o tempo de que dispunha, não terá também desperdiçado a oportunidade, como aconteceu a mim mesmo?
    ...
    ... A situação do amigo a quem nos referimos, porém, é muito clara. Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era lícito utilizar, em virtude do ambiente de sacrifício que lhe dominou os dias, na existência a termo. Acostumado , desde a infância, à luta sem mimos, desenvolveu o corpo, entre deveres e abnegações incessantes. Desfavorecido de qualquer vantagem material no princípio, conheceu ásperas obrigações para ganhar a intimidade com as leituras mais simples. Entregue ao serviço rude, no verdor da mocidade, constituiu família, pingando suor e regulamentos, conquistando a subsistência com enorme despesa de energia. Mesmo assim, encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos planos mais baixos eu o dele. Recebendo a mediunidade, colocou-a a serviço do bem coletivo. Conviveu com os desalentados e aflitos de toda sorte. E porque seu espírito sensível encontrava prazer em ser útil, em razão dos necessitados guardarem raramente a noção do equilíbrio, sua existência converteu-se em refúgio de enfermos do corpo e da alma. Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida social, privou-se de estudos edificantes que lhe poderiam prodigalizar mais amplas realizações ao idealismo de homem de bem e prejudicou as células físicas, no acúmulo de serviço obrigatório e acelerado na causa do sofrimento humano. Pelas vigílias compulsórias, noite a dentro, atenuou-se-lhe a resistência nervosa; pela inevitável irregularidade das refeições, distanciou-se da saúde harmoniosa do estômago; pelas perseguições gratuitas de que foi objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos choques reiterados com a dor alheia, que sempre lhe repercutiu amargamente no coração, alojou destruidoras vibrações no fígado, criando afecções morais que o incapacitaram para as funções regeneradoras do sangue. É verdade que não podemos louvar o trabalhador que perde qualquer órgão fundamental da vida física em atrito com as perturbações que companheiros encarnados criam e incentivam para si mesmos; no entanto, faz-se preciso considerar as circunstâncias em jogo. Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangível do legítimo apóstolo do Evangelho. Todavia, não se organiza de um dia para o outro o anteparo psíquico contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia, como não é fácil improvisar cais seguro ante o oceano em ressaca. Cercado de exigências sentimentais, subalimentado, maldormido, teve as reiteradas congestões hepáticas convertidas na cirrose hipertrófica, portadora da desintegração do corpo.
    ...
    - Segundo observamos, há existências que perdem pela extensão, ganhando, porém, pela intensidade. A visão imperfeita dos homens encarnados reclama o exame acurado dos efeitos, mas a visão divina jamais despreza minuciosas investigações sobre as causas.. "
  • Desregramento, vícios, atividades ilícitas, etc ? Todo tipo de vícios e atividades que diminuem o seu tempo de vida, e, que tem como único objetivo atender aos prazeres egoístas, tornam o espírito um tipo de Suicida Inconsciente.
  • Suicídio Consciente - Retirar a vida que não é sua não é direito do espírito, e não há justificativa, somente atenuantes, que variam de acordo com o problema. Lembremos que nada que esteja ligado ao egoísmo, melindre ou ambição são atenuadores de responsabilidade.

É difícil encontrar alguém que tenha realmente aproveitado espiritualmente a sua vida, e, a grande maioria das equipes de desencarnação atua por misericórdia ou intercessão, visto que nossos erros e desregramentos ainda são bem mais extensos que nossos merecimentos.