Essa causa de dor atinge assim o rico, como o pobre: representa uma prova, ou expiação, e comum é a lei. Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos_com_os_vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.

As dores inconsoláveis dos que sobrevivem se refletem nos Espíritos que as causam. O Espírito é sensível à lembrança e às saudades dos que lhe eram caros na Terra; mas, uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes. Estando o Espírito mais feliz no Espaço que na Terra, lamentar que ele tenha deixado a vida corpórea é deplorar que seja feliz. Figuremos dois amigos que se achem metidos na mesma prisão. Ambos alcançarão um dia a liberdade, mas um a obtém antes do outro. Seria caridoso que o que continuou preso se entristecesse porque o seu amigo foi libertado primeiro? Não haveria, de sua parte, mais egoísmo do que afeição em querer que do seu cativeiro e do seu sofrer partilhasse o outro por igual tempo? O mesmo se dá com dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro é o que primeiro se liberta e só nos cabe felicitá-lo, aguardando com paciência o momento em que a nosso turno também o seremos. Façamos ainda, a este propósito, outra comparação. Tendes um amigo que, junto de vós, se encontra em penosíssima situação. Sua saúde ou seus interesses exigem que vá para outro país, onde estará melhor a todos os respeitos. Deixará temporariamente de se achar ao vosso lado, mas com ele vos correspondereis sempre: a separação será apenas material. Desgostar-vos-ia o seu afastamento, embora para o bem dele? Pelas provas patentes, que ministra, da vida futura, da presença, em torno de nós, daqueles a quem amamos, da continuidade da afeição e da solicitude que nos dispensavam; pelas relações que nos faculta manter com eles, a Doutrina Espírita nos oferece suprema consolação, por ocasião de uma das mais legítimas dores. Com o Espiritismo, não mais solidão, não mais abandono: o homem, por muito insulado que esteja, tem sempre perto de si amigos com quem pode comunicar-se. Impacientemente suportamos as tribulações da vida. Tão intoleráveis nos parecem, que não compreendemos possamos sofrê-las. Entretanto, se as tivermos suportado corajosamente, se soubermos impor silêncio às nossas murmurações, felicitar-nos-emos, quando fora desta prisão terrena, como o doente que sofre se felicita, quando curado, por se haver submetido a um tratamento doloroso.
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Entre aqueles que se amam, Meimei Médium: Francisco Cândido Xavier |
Irene Ibelli
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2 comentários:
Esse foi meu primeiro Natal desde que nasci(33 anos), sem minha sobrinha, não dá pra esquecer dela, mas em momento algum choramos, nem mesmo minha irmã,(sua mãe), ficamos juntos o tempo todo e uma ajudou a outra, deu força, oramos juntas e assim passamos o primeiro natal sem a presença física da nossa amada Karine!!!
Minha avó se foi nesta quinta-feira, dia 4/3/2010, após lutar contra 5 AVCs. Sempre fomos muito unidas. No dia seguinte eu ainda sentia muito desespero, muita saudade dela, mesmo sabendo que ela estaria num lugar melhor, pois tem uma alma muito bondosa e pura. Eu escrevia sobre ela no meu diário qdo senti a mesma alegria q tinha qdo ela vinha em casa nos visitar, senti como se ela viesse me dar um beijo no rosto e me fazer sentir que estava tudo bem agora. Aquela dor que eu sentia minimizou bem, agora me alegro quando penso nela. E qdo li este artigo me senti ainda mais feliz e aliviada. Que Deus abençoe a todos.
Priscila
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